quinta-feira, 7 de julho de 2011

Papagaiadas

Papagaios. É o que algumas escolas entregam à sociedade. Já pararam pra pensar nas avaliações, por exemplo? Perguntas, que exigem respostas exatamente idênticas às constantes nos textos do professor ou dos livros. Nem um milímetro diferentes, heim? Ai, ai, ai!

"Profe, tem que ser resposta completa?". A chamada resposta completa é aquela que inicia com as mesmas palavras da pergunta. MEU DEUS! Pra que isso? Não consigo entender! Nem suportar! Nem exigir tamanha barbaridade! Nada, crianças, esqueçam as respostas completas. Respondam com suas próprias palavras, conforme o que entenderam e, por favor, não tenham medo de errar, ok?

Prova com consulta, só se for "de ralar", afinal, pra que serviria uma consulta, se eles pudessem identificar facilmente o que o professor "quer"? Ora! O que o professor quer, mesmo? Os outros, sinceramente, não sei (ou tenho medo de saber, valha-me Deus!); sei o que EU quero: crianças felizes dentro da minha sala de aula. Quero crianças seguras, curiosas, barulhentas e livres. Que tenham não apenas licença, mas vontade de se expressar; que criem, conversem, andem, escolham, riam e, inclusive, se emocionem, de vez em quando. Quero crianças, não robôs, e muito menos papagaios.

Mas papagaios só sabem repetir frases curtas. Não criam nada. Copiam aulas dos anos anteriores, as próprias, as "pescadas" na internet (depois reclamam que os alunos só sabem dar CC+ CV, nos trabalhos escolares; santa hipocrisia!) e as dos colegas. E se orgulham disso! E acham o fim do mundo, o cúmulo do erro, se alguém, em qualquer momento, se atrever a fazer o contrário! E o contrário disso é a vida. A vida não tem lugar em escolas assim.

Os papagaios apresentam sempre as mesmas coisas, não se arriscam, conhecem de cor e salteado todas as falas de grandes educadores, e gostam de chamá-las de "teoria impraticável". Exigem repetição idêntica de suas "lições", e são terminantemente contra a pesquisa, a não ser que a mesma seja feita em material separado previamente, com as páginas marcadas, "para não tumultuar demais a sala, e ajudar os alunos a encontrar logo o objeto de pesquisa" (pesquisa?).

Papagaios jamais saberão criar. Papagaios repetem. Repetem-se. E entregam à sociedade, não águias, mas outros papagaios. Infelizmente.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Costuras II*

"... eu aprendi a tecer também, tecer os meus próprios tecidos"
(Gláucia de Souza, no livro TECELINA)



Quem acha que criança não tem nada na cabeça, engana-se redondamente (acreditem, ainda tem muita gente que pensa que criança não pensa).

Pois essas "minhas" crianças disseram hoje que "Se a gente ensinar o que sabe e aprender o que o outro sabe, vai acabar sabendo duas coisas"; "Matemática não é só 'continha'. É também saber a distância que precisa um ponto de costura ter, do outro"; "Trabalhar em grupo é saber que a gente precisa parar um pouco, pros colegas também terem vez"; "Costurar também a gente aprende na escola, e vai carregar o que aprendeu, pelo resto da vida. Todo o mundo tem que trocar botão ou costurar uma meia, um dia"; "A gente tem que escolher as próprias coisas. Não é legal ficar fazendo o que todo o mundo faz, só porque todo o mundo faz". 

É por essas respostas e muitas outras, que acontecem no universo riquíssimo da metragem limitada de uma sala de aula, que vale a pena ser professora, HOJE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
















*O desenho que as crianças contornaram, pintaram, e sobre o qual colaram fuxicos e pedaços de tecido, foi feito por mim, baseado numa das ilustrações do livro TECELINA, já citado (e indicado, aliás), no post anterior.
*A árvore é um dos elementos que aparecem no livro. As crianças optaram por "pendurar" nela tesouras, uma casa, um carro e uma camiseta. O coelho-menino do tronco é um coelho-animal, no livro.
*Os trabalhos estarão expostos na escola amanhã,  para receber a visita de Gláucia de Souza, autora do livro em questão.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Costuras

TUDO é conhecimento e experiência de vida.





















Costuras, a partir do livro TECELINA
(SOUZA, Gláucia de. Porto Alegre:Editora Projeto, 2007)




terça-feira, 10 de maio de 2011

Dia das Mães

Não gosto de datas comemorativas. Explico logo, antes de ser apedrejada, que as datas tem uma única função, que é a comercial. Normalmente, evito dar muita ênfase às datas. Vejam: se tua mãe tem realmente importância, irás reverenciá-la, independente de uma data específica.

Adoro dar presentes fora das datas. Acho lindo e importante. Datas pressionam, obrigam a pessoa a lembrar da outra. Fora delas, o outro sabe que foi lembrado genuinamente.

Ora, fica praticamente impossível evitar essas comemorações no âmbito escolar. Aliás, algumas escolas, provavelmente, não saberiam o que fazer, não fossem essas marcas nos calendários. Santa falta de imaginação!!!!!!

Pois este ano decidimos entregar para as mães dos alunos, sacolas de tecido, em substituição às de plástico, recebidas nos mercados. Nem um pouco original, não fosse o fato do tecido ter sido doado por uma estofaria, a costura ter sido feita por uma das mães, e as minhas crianças terem aprendido a costurar flores de pano, na sacola.

Isso mesmo. Passamos uma tarde, enfeitando as sacolas, com flores de pano, feitas e costuradas, pelos alunos. Só dois, dos meus vinte, sabiam costurar. Os outros dezoito aprenderam na última sexta-feira, comigo.

Não imaginem flores perfeitas, nem pontos invisíveis nas costuras. Imaginem flores cuidadosamente presas, com pétalas meio tortas e miolos um tantinho desproporcionais. Mas também imaginem que as mãos que deram os tais pontos visíveis e prenderam as tais pétalas e miolos, foram pequenas mãos de uma gente pequena, que conhecia muito bem aquelas a quem as bolsas pertenceriam.

Tenho preferência por tudo o que for produzido pela criança, ainda que não pareça perfeito. Pode não "parecer", mas ESTÁ, pois tem uma carga de amor insubstituível, e "incomprável", além de incomparável.

O relato dos alunos foi emocionante. Disseram que as mães choraram, ao receber o presente. Acredito.

Não foi só um presente. Foi uma experiência e um aprendizado que essas crianças carregarão para toda a vida. Poderão, agora, costurar os próprios botões, as próprias meias, e, quem sabe, aventurar-se por outras "linhas"... E não é esse o objetivo, afinal, da educação?




segunda-feira, 18 de abril de 2011

Paixão de Simone Aver


Em época de Páscoa, nada melhor que uma PAIXÃO, das boas!





"A educação é um caminho e um percurso. Um caminho que de fora se nos impõe e o percurso que nele fazemos. Deviam ser, por isso, indivisíveis e indissociáveis. (...) Os caminhos existem para ser percorridos. E para ser reconhecidos interiormente por quem os percorre" (ALVES, Rubem. A Escola Que Sempre Sonhei Sem Imaginar Que Pudesse Existir. 7.ed. Campinas, SP: Papirus, 2001. p.10)


Há muitos e muitos anos, detesto tudo o que venha pronto, mastigadinho, sem desafio algum. E há muitos e muitos anos, evito o que não me apaixona de fato. Não sei dar aulas de outro jeito que não me desafie PRIMEIRO e não me APAIXONE primeiro. Isso mesmo, entendeste bem: EU, ANTES! Se EU não estiver encantada, não saberei encantar. É meu defeito ou minha virtude particular; o fato é que funciona.

Este ano tive muita dificuldade pra encontrar algo que me apaixonasse e, assim, contagiasse meus alunos de 4º ano. Adoro as histórias de Percy Jackson. Pensei em usá-las, a princípio, durante todo o ano letivo, como fio condutor dos conteúdos da minha turma. Mas, logo, logo, descobri que ainda não era por aí... Então pensei em só usar a Mitologia, assunto pelo qual eu tenho loucura, mas concluí que não cairia legal, no momento.

Fui na carona das colegas até agora, completamente frustrada, fazendo o que não acredito. Automaticamente. Oferecendo folhas xerocadas, com textos e exercícios exatamente iguais aos aplicados nas outras turmas do mesmo ano, prática comum em todas as escolas em que trabalhei até hoje. Quatro turmas fazendo a mesmíssima coisa, ao mesmo tempo. Coisa "bonita" de se ver. E que me estava adoecendo.

Até agora, calei minha mais querida crença: a da paixão. Fiz e agi exatamente como abomino. Fui "massa", levada pela correnteza. Total e tolamente desprovida de pensamentos, criatividade e iniciativa própria. Fui só mais uma, repetindo o que todo o mundo sempre fez e continua fazendo, a despeito dos PPPs (Projeto Político Pedagógico), lindamente escritos - ah... se se praticasse, de fato, o que vai escrito neles... a educação estaria perfeita. 

Mas...

As crianças tem mais a nos ensinar, que nós a elas, acredite. Eis que a salvação veio, finalmente, pelas mãos de minha filha (minha paixão maior). Leitora voraz, trouxe para casa, da biblioteca da escola, um dos livros da  Série Salve-se Quem Puder, da Editora Scipione (1998). Sempre comentamos sobre as leituras dela, e dessa vez não foi diferente. Pois aí estava o que eu precisava para meu trabalho de 2011!

Fiquei boba com o livro, cuja leitura só pode ir adiante se e quando o leitor resolver determinados desafios. Era o que eu precisava! Comecei a ficar ansiosa pra colocar em prática o que fervia em minha mente, enquanto ela me mostrava o "livro-salvação-da-lavoura"...

Não pense que a coisa será fácil, pois não terá nenhuma facilidade pra mamãe aqui. A ideia não é simplesmente fazer as crianças lerem os livros (se não me engano, a Série tem 15 livros) e resolverem os desafios. Simples demais para o gosto de Simone Aver. Minha cabeça está a mil, criando meus próprios desafios, dentro da realidade da minha escola e dos conteúdos do ano.

No dia seguinte, cheguei na escola e disse às crianças que, até dezembro, teríamos um grande mistério para resolver. Expliquei ter recebido um bilhete, vindo não-sei-de-onde-muito-menos-de-quem, escrito de um jeito muito esquisito, e que exigia que descobríssemos, juntos, onde, como, quando, quem e quais os motivos da existência dele. O autor (ou autora) do bilhete só se apresentará à turma no final do ano.

Há que se destacar aqui que a maioria da turma apresenta grandes dificuldades, principalmente na Língua Portuguesa: as clássicas trocas de letras, o uso do S, do Z, C, X, RR e da letra maiúscula, parágrafo, acentuação, pontuação e leitura; em maior ou menor grau, uma ou todas essas dificuldades juntas, acrescidas de outras tantas. 

Pois o tal bilhete é a porta de entrada de todo o trabalho do resto de 2011. Os mapas  que aparecem nos livros, serão adaptados, mostrando nossa cidade. A Roma Antiga será mudada para a Itália dos nossos descendentes, trazendo nas malas os números romanos e sua história e uso, junto com a imigração.

Para todo o conteúdo haverá pistas, bilhetes misteriosos, cartas enigmáticas, surpresas, pergaminhos, caça-palavras, sacos de couro, moedas antigas, caminhos marcados com sementes, textos minúsculos que precisarão de lupa para serem lidos.

A fim de resolver os desafios, a turma terá que pesquisar em livros, internet, fazer entrevistas com as famílias, com o guarda da escola, com a bibliotecária, com a diretora, as outras professoras, as merendeiras, enfim... chega de ficar sentadinhos esperando as informações caírem do céu, pra nem serem levadas a sério, muito menos aprendidas, quiçá apreendidas.

Finalmente (antes tarde, que nunca) estou apaixonada, de novo.

Agora é erguer as mangas, e botar "pra quebrar".

Nos próximos posts, contarei o desfecho, devidamente documentado com imagens.

Os dois primeiros bilhetes foram um sucesso, e as crianças estão "acesas", sedentas de respostas.



"É preciso, sobretudo,  e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora, assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção" (FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 16.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. p.24-25).


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Não vejo, não falo, não ouço...

.... mas morro de aflição, Jesus!




Retiro o que eu disse, no post anterior. Não posso falar da paixão de aprender, sem falar das coisas que eu não quero chegar a fazer. Explico:
Jurei que não falaria das coisas erradas, este ano. Que teria apenas olhos para as coisas boas, ou pra nenhuma; qualquer coisa, pra não me incomodar, não me estressar, continuar com minha saúde geral intacta. Não deu, desculpa.
Sou obrigada a falar. Não aguento!

Um certo conhecido contador de histórias (sobre o qual, depois de hoje, tenho cá muitas reservas, mas que fez nome e é muito bem visto no meio regional) foi convidado para contar histórias para as crianças, no seu primeiro dia de aula. Uma hora de "espetáculo". Se eu não tivesse aprendido a ser dissimulada, teria chorado desde a primeira frase dele, até a última. Se eu não tivesse aprendido a me conter, teria feito um escândalo ali mesmo.

Pois o indivíduo avisou que iria contar histórias de terror (para crianças de Jardim ao 5º ano). A primeira falava sobre um pai que não gostava da filha, levou-a à beira de um penhasco e a jogou de lá. ela caiu no mar e foi comida pelos peixes. Se a história fosse só isso eu já teria achado um absurdo. Mas ela foi muito adiante. O suficiente pra me deixar com os cabelos arrepiados. De medo. Medo da falta de tato do tal contador.

Se tivesse parado aí, meu dia já estaria mais do que estragado. Não parou. Vieram outras duas histórias. Uma que eu não entendi bulhufas e outra que o esperto contador disse ser VERDADEIRA, acontecida na cidade, e falava sobre uma moça que estava para casar com um caminhoneiro. Ele não apareceu no dia do casamento e ela se matou, atirando-se do alto da torre da igreja.

Recuso-me a contar o resto da porcaria toda, como não contei também o desfecho da primeira.

A tal pessoa perguntou às crianças quem tinha pai (pergunta mais do que idiota!) e avisou que todos tinham que chegar em casa e verificar se os pais usavam aliança, porque, se não usassem seriam mortos, quando passassem à noite, na segunda-feira, pelo cemitério. A assassina seria a noiva que se matara, na história VERDADEIRA...

Fui tomada por uma tristeza imensa. Um desalento tamanho que consome as forças. Mais ainda porque não pude tentar consertar a porcaria, porque, depois desse insuportável festival de sandices, os alunos foram liberados imediatamente, já que se encerrava o dia letivo.

Não sei se vocês considerarão exagerado da minha parte, mas pensem comigo: vocês gostariam que seus filhos ouvissem esse tipo de histórias na escola?

Não vejo, não falo, não ouço, mas sinto uma dor lancinante bem aqui, no lado esquerdo do peito...








domingo, 20 de fevereiro de 2011

Da paixão de aprender

Entre 2008 e 2011, percorri muito chão. O que houve de novo? Praticamente nada. Luta inglória, essa na educação (não é DA educação, observe; é NA mesmo!).

Sim, eu mudei. Confesso estar tristemente mudada hoje, 3 anos depois da última postagem nesse blog, que eu espero poder retomar agora. Uma das mudanças foi abrir mão do desejo de publicação de um livro sobre a educação, conforme Simone Aver. Ele não acontecerá. A intenção primeira desse livro era abrir os olhos de quem atua em sala de aula. Não era nem atingir quem "manda" na gente (sim, somos "paus mandados"), mas alcançar quem está na linha de frente, ou seja, os professores.

Pois desisti. Cheguei à conclusão de que, afinal, eu não conseguiria, haja visto termos autores do nível de Rubem Alves, que até são lidos e frequentemente citados, mas não seguidos de fato, transformados em prática real de sala de aula. Se ele e sua obra magnífica são usados só como cortina de fumaça para as mesmas práticas arcaicas, porque com o meu livro aconteceria o oposto? Ora! Tenho espelho, em casa!

Agora, em 2011, quero falar de paixão. Não da paixão pela profissão. Dessa desisti. Da paixão por aprender. Aprender a ensinar. Não dos professores em geral, mas da MINHA paixão, do meu desejo de ensinar e aprender. 

Apertem os cintos...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Imagem




Esse desenho foi feito por uma criança de 6 anos de idade, em junho de 2008.
Que tipo de mundo estamos deixando para nossas crianças?
Que tipo de imagem está se formando em suas mentes?
Onde a solução?
Educação?
Não sei, não sei...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O teatro, na sala de aula

Quero contar como considero maravilhoso usar o teatro, a música, a poesia, a alegria, a arte, enfim, em qualquer aprendizado. Tenho uma queda enorme por essas linguagens, e sempre procuro encaixar aqui ou ali, no meu fazer pedagógico, essas formas de "dizer".
Já me vesti de jogador de futebol, de vovó (gosto, particularmente, desse personagem), de palhaça, de carteiro ("Seu" Ananias, personagem de André Neves, no livro A poesia de Dona Sofia), de Salvador Dali, com direito a falar em espanhol e tudo. Meus planos são me vestir de Chiquinha (do seriado Chaves), ainda este ano.
Acredito que as coisas que se aprende, que se ouve, sobre as quais se interage numa situação dramatizada, ficam pra sempre. É assim comigo, adulta, próxima da chamada terceira idade (quero chegar na décima!); como poderá não ser para as crianças, tão desprovidas de proteção contra o novo?

Não sofro mais

Inventei um jeito de não sofrer. De parar de chorar. De parar de me arrepiar até à alma, diante de determinadas falas de determinados profissionais de determinados... ah, deixa pra lá... O importante é que inventei. Afinal, não era muito coerente alguém que preza tanto a mudança, continuar batendo sempre na mesma tecla da revolta e, principalmente, da dor. Não mesmo. Inventei.
Inventei a música na cabeça. Coisa mais simples impossível. Sempre que ouço ou vejo algo que me arrepia, no contexto escolar ou educacional em geral, imediatamente penso numa música. Qualquer música boa. Coisa que eu gosto. Coisas que me fazem bem. Coisas que me dão prazer. Coisas que me completam. Música.
Parece bobo, não é? Ora, é o tipo de bobagem que funciona muito bem. Não sofro mais. Sei que estou fazendo o possível pra ser a diferença nas vidas dos meus alunos. Sei da importância disso. (E sei dos meus próprios erros. Não sou perfeita e os cometo todos os dias, em números preocupantes. Mas tento resolver da melhor maneira possível e me policio para não cometê-los de novo).
Nietzsche inventou o largo sorriso. Eu, a música na cabeça... E olha que mágica: essa música (qualquer que eu esteja "ouvindo") abriu meus olhos para as coisas boas também. Nem tudo são trevas. E isso me fez bem. Tem me feito bem.
Quando minha invenção não funcionar mais, terei que inventar outra coisa. Bem, adoro mudanças. E tu?